terça-feira, 25 de setembro de 2012

Futebol

O ano era 1990. A Milmar lançava seu primeiro console, Hi-Top Game e planejava lançar cartuchos para seu famiclone. Não apenas lançou diversos cartuchos 72 pinos pretos (a grande maioria jogos da American Video Entertainment) como lançou um jogo que ficou bastante conhecido no Brasil: Futebol.

Futebol não era um jogo original. Era um hack de um jogo da AVE, Ultimate League Soccer, no qual houve uma adaptação para que houvesse a substituição das oito seleções presentes no jogo por oito times brasileiros escolhidos, a princípio, aleatoriamente, além de menus traduzidos. Não sei dizer se a Milmar teve autorização para o uso dos nomes e escudos dos times, mas realmente não creio nesta possibilidade. Pode-se dizer que é um "Ronaldinho Soccer" do NES.

Tela inicial do jogo original

Tecnicamente falando, Futebol é um jogo ruim. Ruim mas divertido. O ponto forte do jogo é que é extremamente simples: o botão A chuta e dá carrinhos, o botão B passa a bola ou troca o jogador. Sim, troca o jogador. Como o contemporâneo Fifa Soccer do SNES (não falo sobre jogos atuais: o último jogo de futebol que joguei foi International Super Star Soccer 64), para trocar o jogador o qual se tem o controle do jogo, deve-se apertar um botão (no caso, B). Além disso, o goleiro não tem movimentação automática: deve ser comandado pelo jogador o que, de certa forma, aumenta  a emoção do jogo. 

Tela de Abertura do Jogo

Seleção de tempo e tática
Assim como os jogos da época, o tempo de duração das partidas podia ser escolhido entre tempos com 15, 30 ou 45 minutos. Não que os minutos de jogo tenham a mesma duração dos minutos do nosso mundo, mas a escolha podia ser feita. Também era possível escolher a tática de jogo, desde que houvessem quatro zagueiros.

O que em princípio parece uma escolha aleatória das equipes participantes do jogo se revela como uma limitação do jogo original: havia apenas quatro cores para as camisetas das equipes. Branco, Preto, Verde e Vermelho eram as únicas cores disponíveis. Essa parece ser a razão por trás da escolha das equipes ser Inter, Flamengo, São Paulo, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Fluminense e Santos.

Tela de Seleção de Equipes e Modos

Seleção de Cores de Camiseta
A jogabilidade é simples e fluida, não há faltas, o que torna o jogo mais rápido. A música é repetitiva, no entanto, a cada gol a torcida se manifesta. No intervalo entre os tempos ocorre um show do intervalo, com bailarinas "trigêmeas" de minissaia. (Ok, não deveriam ser gêmeas, as a limitação gráfica do NES proporciona este efeito.

Ouvi dizer que quando se é o campeão, uma animação em que os jogadores dos três clubes melhores colocados estarão em um pódio com bandeiras dos times ao fundo. Mas eu sou muito ruim e não ganhei um jogo sequer.





Clássico Paulista: Corinthians e Palmeiras
Show do Intervalo

2 comentários:

  1. Haha, demais!!! Eu tinha esse jogo.
    Rachei de rir com as animadoras, não lembrava desse detalhe.
    Havia dois modos de jogo, Olímpico e Mundial (lembrando que eram pra ser seleções no original). No modo Olímpico era necessário derrotar os três primeiros adversários da fileira de cima, pulando um deles caso fosse o escolhido pelo jogador. Em caso de vitória, aparecia uma tela no final com um pódio e três atletas fazendo continência, com uma musiquinha diferente.
    No modo Mundial o esquema era o mesmo, só que o jogador tinha que derrotar todos os outros sete times (era uma lenda terminar o jogo nesse modo, demorava muito). Mas o final era mais legal, aparecia uma tela com o jogador erguendo a taça carregado nos ombros, em meio a uma multidão, tipo Maradona na Copa de 86.
    Legal demais lembrar desse jogo, grande postagem!

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